4.06.2012

Medicamentos isentos de receitas

Diretoria propõe novo critério para prioridades na fila de medicamentos

3 de abril de 2012
Diretores da anvisa reunidos na mesa em reunião pública
A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou nesta terça-feira (3/4) a Agenda Regulatória para 2012. Ao todo serão 80 temas que envolvem revisões de regulamentos já em vigor e a discussão de novas propostas.
Os temas da agenda não impedem a inclusão de novas prioridades para que a Anvisa trabalhe durante este ano, mas é uma sinalização do que será discutido pela Agência. A Anvisa foi pioneira entre as agências reguladoras na instituição de uma agenda regulatória.
Durante a reunião pública os diretores também aprovaram a abertura de um consulta pública para atualizar a norma de trata das prioridades para análise de pedidos de registro referentes a medicamentos. A proposta estabelece um sistema de pontos para definir quais medicamentos devem ser colocados na frente da fila para análise pela Anvisa. A proposta define, por exemplo, que pedidos de registro para genéricos de medicamentos que não tem concorrentes no mercado passarão na frente da fila. A consulta pública será publica nos próximos dias no Diário Oficial da União e passa a contar a partir desta data.

Isentos de prescrição
A Anvisa também vai abrir um consulta pública com a proposta de adotar mecanismos para permitir que os medicamentos isentos de receita médica possam ser colocados ao alcance do consumidor na farmácia, considerando o risco sanitário envolvido para este tipo de produto. A avaliação do grupo coordenado pela Anvisa é que isso pode dar mais poder ao consumidor de avaliar itens como preços e alternativas.
Para o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, a Agência deve adotar mecanismos mais rigorosos para impedir a dispensação de medicamentos com tarja sem a apresentação da respectiva receita. Neste sentido os diretores também aprovaram que a agência promova, nos próximos 60 dias, o debate com o setor regulado sobre as possíveis soluções para este problema. Também foi aprovado o prazo de 30 dias para que a Anvisa avalie e apresente propostas para garantir o cumprimento da exigência de receita para os medicamentos de tarja vermelha e preta, incluindo as penalidades referentes ao descumprimento da norma vigente.
A Diretoria Colegiada analisou o estudo apresentado pelo grupo de trabalho que está avaliando o marco regulatório dos medicamentos isentos de prescrição.  De acordo com os dados, o impacto da resolução RDC 44/09, que colocou os medicamentos isentos de prescrição atrás do balcão, não tem contribuído para reduzir o número de intoxicações por estes medicamentos, ao mesmo tempo que tem ocorrido concentração de mercado.
Imprensa / Anvisa

Anvisa propõe consulta pública para a venda de remédios isentos de receita

Por: Welington Vital de Oliveira
SÃO PAULO - Com o objetivo de regulamentar a venda de medicamentos  isentos de receita médica e permitir que estes fiquem a ao alcance do consumidor nas farmácias, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou, na última terça-feira (3), que irá lançar uma consulta pública, no prazo de 30 dias.
Segunda a Agência Brasil, desde 2010, a Anvisa proibiu que medicamentos sem prescrição médica fiquem ao alcance dos consumidores nas gôndolas. A justificativa usada pela autarquia foi de que os remédios, mesmo isentos de receita médica, podem apresentar risco à saúde e, por isso, o cidadão deveria receber orientações de um farmacêutico, antes de comprar.
As entidades representantes das farmácias, descontentes com a decisão da Anvisa, recorreram à Justiça para suspender a medida.
RepercussãoUm estudo realizado pela Anvisa mostrou que a proibição tem diminuído o poder de escolha do consumidor. Em 2007, 4,6% dos remédios isentos de prescrição foram indicados pelo atendente, balconista ou farmacêutico,
A influência afetou 9,3% das vendas em 2010, ano quando começou a valer a medida. Os representantes da Abimip (Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição) alegaram que, com a medida, o consumidor fica sem condições de comparar preços, com o medicamento atrás do balcão.

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